A MEIO DA NOITE
- Publicado em: 28/09/16
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- Autoria: boavida
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Não sabia se estava no décimo terceiro piso ou no décimo sétimo, como também não sabia que horas eram, nem de onde apareceria o sol. Seriam três horas da manhã ou talvez cinco de uma noite muito escura, sem lua nem estrelas. Depois do sexo dava vontade de fumar, perder o olhar na paisagem e sentir o fumo a envolver o meu corpo. Mas o cigarro foi substituído por um copo, e depois de olhar a cidade vou procurar algo para beber, balançar no copo recordando o sexo que fizemos. Daquela janela via alguns pequenos pontos a caminhar lá bem no fundo e os carros resumiam-se a pequenas luzes brancas ou vermelhas, conforme iam ou vinham. Mesmo durante a noite a cidade vivia, mantinha algum reboliço, mas estranhamente por trás daquele vidro não conseguia ouvir nada. Estaria muito alto ou a janela fazia um bom isolamento?
Aquele vidro era um autêntico espelho, onde apareceu, do lado esquerdo o corpo nu dela, a movimentar-se como uma verdadeira felina, sorridente. Ele manteve-se imóvel, como se não soubesse que ela se aproximava. Conseguia, agora, ver os seus corpos nus, refletidos no vidro, e, apesar de ouvir um pequeno ruído do levantar dos pés dela, como se tivessem cola, tchlap, tchlap. Tinha vontade de rir, mas forçava-se a estar quieto quando lhe apetecia voltar-se e abraçar aquele corpo nu. Continuou a sua representação, semicerrou os olhos e procurou concentrar-se numa qualquer luz do edifício em frente.
Sentiu nas suas costas o bafo dela, aguardava ser enlaçado pelos seus braços, mas foram os lábios dela que pousaram nas suas costas. Fechou os olhos para esquecer a cidade e concentrar-se no calor daqueles lábios. Tentou virar-se mas ela foi mais rápida:
- Ah ! Não, não tchet ! Nã"nã espera lá ! - Sussurrou ela.
Ele então fez-se estátua. Ficou a sentir o corpo que se colava nas suas costas, as mãos começaram a percorrer o seu corpo, e ele estátua. Mas não pedra, pois estava cada vez mais quente, principalmente quando os indicadores e os polegares dela lhe apertaram os mamilos. Parecia haver um fio a puxar pelo seu sexo, crescia, em menos que um segundo, mais do que duplicara o volume e a cabeça, lisa e vermelha pulsava, latejava, parecia independente daquele corpo estátua. As mãos começaram a mover-se muito mais lentamente, cada vez mais lentamente, até pararem e trocarem olhares naquele falso espelho.
Ela, sempre a olhar nos olhos dele, deixou escorregar as suas mãos até aquele sexo que suplicava atenção. Enquanto uma mão brincava na glande, fazendo movimentos circulares e dando pequenos apertos, a outra mão fazia longos e lentos movimentos de vai-e-vem. Ao fim de um minuto, ele estava de olhos fechados e a respirar pelo nariz. A sua respiração ficou cada vez mais forte, o movimento no mundo resumia-se àquelas duas mãos a passearem naquele pau, o único som no ar era aquela respiração animalesca. Ela continuou até sentir o corpo dele com leves tremuras, e o pau engrossar ligeiramente para deixar passar o líquido branco que saltou para a janela e logo começou a escorrer como se fossem lágrimas espessas.
Num movimento brusco ele virou-se e envolveu-a como se fosse o seu bem mais precioso. Assim ficaram até aparecer o sol, lá bem atrás daquele monte de casas, cada uma mais alta que a outra. Era uma imagem muito cinzenta, concordaram. Então ela foi buscar um copo e uma garrafa, bebeu um pouco e passou-lhe o copo. Bebeu, trocaram novamente o copo, acompanhando os sorrisos com leves piscares de olhos e beijos.
Fez-se silêncio, aliás parecia que quanta mais luz do sol entrava mais silêncio trazia. A voz dele cortou aquele momento com um simples: "Apetece-me muito entrar em ti !" e sorriram. Ela, desenlaçou-se das pernas dele, levantou-se para pousar o copo sobre a mesa, e ele foi atrás, colando-se ao corpo dela. Estavam agora em posições invertidas, com uma mão na nuca dela, levemente, dobrou aquele corpo de pele lisa e suave sobre a mesa. Ela pousou a cabeça sobre os braços como se fosse a almofada mais confortável do universo. Ele levou as mãos até às coxas dela, abriu-lhe as pernas ligeiramente e conduziu o pau, que começava a acordar, até ao sexo dela já bem úmido. Molhou bem a cabeça do seu sexo com uns movimentos rápidos na xaninha dela e depois de se afastar um pouco, levou o pau até ao anel do cuzinho dela. Sem forçar começou a entrar, muito lentamente, milímetro a milímetro, nenhum deles escondia o prazer que estavam a sentir. Quando ele ficou completamente encostado a ela, começou o movimento contrário e quando já estava quase a sair, começou a entrar novamente.
- Ai ! Agora mais forte, vai ! - Disse ela.
Ele segurou nos quadris dela e começou um movimento ritmado para a frente e para trás. Não pares, disse ela. Parou mais tarde, depois de ter perdido o equilíbrio e se deitar sobre ela. Tu és foda mesmo! Disse ela a limpar um fio de saliva que corria da sua boca.
- Sim, somos... - Respondeu ele - O sol já vai longe e nada temos para fazer hoje, senão vivermos o nosso prazer !
Separaram-se para beber e de seguida foram para baixo da ducha. No regresso ela esperou por ele no chão da sala. Ele voltou encostou-se na janela de costas encostadas no vidro frio, a olhar para aquele corpo nu junto dos seus pés, a acordar o seu sexo com a sua mão.
*Publicado por boavida no site climaxcontoseroticos.com em 28/09/16. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.