Fui abusada por três espíritos malignos - Samara, a fantasminha tarada [Cap.4]

  • Temas: EscritorAnônimo, sobrenatural, espíritos, fantasmas malignos, abuso, sexo forçado, ruiva, amigas,
  • Publicado em: 27/10/24
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  • Autoria: EscritorAnônimo
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[ CAPÍTULO QUATRO ]

MEU TRISTE RETORNO À ESQUINA




Depois de morrer naquela esquina, de alguma forma eu me liguei a ela. Estava "ancorada" ao lugar onde faleci e não conseguia me afastar mais de dez metros dela sem sentir uma sensação horrível na barriga como uma força invisível que me puxava de volta para lá.

A única forma de me livrar dessa ligação sobrenatural era se alguém me convidasse para sair de lá. Nesse caso, eu poderia me afastar uns duzentos e poucos metros por um prazo de uma semana mais ou menos. Quando passava esse tempo limite, sentia uma agonia muito forte. A força invisível puxava minha barriga de volta para a esquina e eu precisava retornar.

Aquele lugar havia se tornado meu lar involuntariamente.

E a porra do poste continuava com a lâmpada queimada. Infelizmente a prefeitura ainda não tinha trocado aquela bosta. Ela estava queimada desde o meio do ano deixando a rua mais escura e sinistra. Claro que ainda havia as luzes do interior das casas e os postes das outras ruas, mas não era suficiente para iluminá-la completamente deixando-a com o visual de rua assombrada que de certa forma caía muito bem devido à má fama que ela tinha. E, sendo sincera, eu até que passei a curtir aquilo. Combinava com a lenda da fantasma da Rua 23 de Março.

Enfim, eu havia voltado da temporada na casa da Jéssica há três dias e desde lá o tempo ficou nublado e frio.

Naquela noite em especial o céu estava completamente preto e o tempo gélido. Devia ser perto das onze horas. Soprava uma brisa congelante e havia um cheiro de chuva no ar. Tudo indicava que aproximava-se uma chuva noturna.

Claro que isso não me afetaria. Meu corpo fantasmagórico é imune à temperatura, então isso não incomodava. Pelo contrário. Adorava o tempo frio e nebuloso e detestava o Sol já que a exposição à luz solar queimava minha pele e me deixava parecendo uma pimenta de tão vermelha.

Só que o lado ruim de estar ali era o fato de não ter absolutamente nada de bom para fazer. Como de costume eu apenas ficava parada ao lado do poste por horas a fio sem nem piscar os olhos.

Naquela ocasião eu variei a posição e fiquei sentada no meio-fio ao lado do poste observando a rua vazia e sombria enquanto sentia a melancolia que era sempre habitual naquele lugar.

Às vezes eu ia para o outro lado da rua à minha frente e entrava em alguma das casas que ficavam dentro do meu limite de afastamento. A maioria delas são alugadas, mas estavam vazias por minha causa. Depois de quase matar as pessoas de susto elas fugiram de medo da “terrível” fantasma da Rua 23 de Março.

Houve até uma ocasião em que entrei na casa em frente ao poste onde morava um velhinho e eu inventei de assombrá-lo. Ele estava sentado numa poltrona assistindo televisão e eu me materializei na frente dele e o assustei. O coitado teve um troço e começou a berrar e se contorcer como se estivesse tendo um ataque. Sorte que havia outra pessoa na casa que socorreu o coitadinho.

A ambulância chegou e o velhinho foi levado na maca enquanto se tremia todo. Eu me senti muito mal por ter feito aquilo e parei de entrar nas casas para assustar as pessoas. Preferi fazer isso na rua mesmo até perceber que o melhor mesmo era abordá-las e levá-las para algum lugar onde pudesse sugar toda a energia sexual delas.

Mas o estrago já estava feito. A lenda urbana da fantasma da Rua 23 de Março se espalhou e as pessoas evitavam passar por ali durante a noite tornando a rua um deserto.

Tudo por minha culpa. Mas não tinha jeito. Infelizmente o que eu fiz já estava feito e não podia ser desfeito.

O muro alto e branco do galpão abandonado atrás de mim estava fracamente iluminado pela pouca luz vinda de dentro de algumas das casas ocupadas do outro lado da rua. Três delas já estavam enfeitadas com decoração simples de Natal. Alguns pisca-pisca e árvores de natal de LED.

Mais um fim de ano estava chegando. Mais um ano presa naquela esquina. Mais um ano sozinha naquele lugar.

Eu, sentada no meio-fio, me curvei para a frente e olhei para meu lado esquerdo. A rua três quarteirões à frente. A Rua das Flores onde o Ricardo morava antes de morrer.

Relembrei dele e das vezes que fui na sua casa para fodê-lo e me alimentar da energia sexual deliciosa.

Depois olhei para a casa verde na outra esquina da rua lateral à minha esquerda. A casa da ruiva filha da puta que o Ricardo estava pegando antes de bater as botas. Por coincidência a árvore onde eu costumava me abrigar da luz do Sol ficava justamente na calçada em frente a ela.

Coisa do destino mesmo.

Infelizmente relembrei o dia que vi pela janela o Ricardo junto da infeliz. Que bosta. Na casa não tinha nenhuma luz acesa, mas eu sabia que ela estava lá. Depois que o Ricardo morreu eu passei a observar a casa com alguma frequência. Claro que não fui lá porque não queria ver aquela arrombada, mas vi ela entrando e saindo de lá várias vezes.

Foi aí que percebi o que parecia ser uma figura sombria passando mais abaixo na rua vindo em direção a casa da vagabunda. Mais um fantasma errante.

Virei o rosto e fiquei encolhida com os braços em volta dos joelhos.

Começou a soprar um vento ainda mais frio que trazia um cheiro mais forte de chuva. De repente percebi algumas gotas de água caindo no asfalto. Elas começaram a cair em maior número até se transformarem em uma chuva fraca.

E como as gotas de chuva não podiam me atingir já que eu era intangível, até pensei em me materializar, me tornar sólida para sentir aquelas gotas geladas tocando meu rosto. Mas antes que pudesse fazer isso, de repente alguém agarrou com força meus braços e meu cabelo e pude ouvir em meio ao som da chuva uma voz horripilante atrás de mim:

— E aí, Princesa?

— Ei! — exclamei, tentando em vão me soltar daquelas mãos e virar para ver quem era.

— Que bom que a gente te encontrou, delícia — disse a voz grave e maligna.

Enquanto me debatia, os dois desgraçados que me agarraram me giraram para que eu finalmente visse quem eram.

Na frente do muro do galpão abandonado, estava uma figura grotesca. Era um monstro gordo, com um barrigão enorme, pele cinza verruguenta como a de um sapo, rosto redondo, enrugado e bochechudo. Os dentes tortos e podres preenchiam um largo sorriso maligno e seus olhos pequenos eram brasas vermelhas brilhantes. A cabeça era quase completamente careca com apenas alguns fios de cabelo arrepiados aqui e ali e as orelhas eram grandes e deformadas como a daqueles lutadores. Era o filho da puta do Satã. Do meu lado direito, segurando firme meu braço, estava o Bafo de Bosta. Magrelo, com a pele seca e também cinzenta, rosto fino, nariz comprido, dentões enormes e amarelos preenchendo um outro sorrisão maléfico. Feio para caralho. Do lado esquerdo, segurando meu braço e meu cabelo, estava o Cara de Defunto. Um outro horroroso de pele pálida e áspera, corpo de aparência cadavérica, alguns dentes faltando, o nariz era uma fenda no meio do rosto, os olhos eram dois buracos vazios.

Eram o trio de filhos da puta que me infernizavam há anos. Demônios fedorentos que gostavam de me estuprar sempre que passavam pela minha esquina.

— Onde você tava, puta? — perguntou Satã, com um sorriso de deboche horrendo. — A gente passou por aqui uns dias atrás e não te viu.

— Me solta! — Tentei me desvencilhar das mãos daqueles dois nojentos, mas não adiantou. Eles eram mais fortes.

Os três maníacos desgraçados eram espíritos do mal que apareciam de vez em quando para encher meu saco. Eu odiava aqueles arrombados. Eles sempre andavam pelados. Satã tinha um pau minúsculo escondido debaixo do barrigão de porco. Até o saco era maior que o pinto. Bafo de bosta era o mais pauzudo dos três. A rola era comprida e fina, mas ele era broxa. O pau nunca ficava completamente ereto. Já cara de defunto era o pior. Não tinha o saco e a rola encardida era cheia de verrugas e cheirava a peixe podre. Um nojo.

— Sai daqui seus filhos da puta! — falei, tentando me livrar das mãos asquerosas daqueles dois imundos. — Vão se foder!

— Calma, princesa — Satã agarrou minhas bochechas com a mão gorda nojenta. — A gente só passou aqui pra te ver. Eu tava morrendo de saudade de você.

— Vamo levá ela pro galpão — sugeriu Bafo de Bosta. — Vô comê o cu dela e dexá cheio de porra.

— É, vamo logo — falou Satã.

Os desgraçados me carregaram enquanto me debatia e atravessamos o muro do galpão abandonado e entramos lá dentro. Por não ter iluminação ali devido à luz do meu poste estar queimada, o lugar era um breu total.

— Me solta! — falei. — Bando de filho da puta!

As gotas de chuva faziam um barulho metálico ao atingir o telhado de alumínio do galpão.

— Levanta o vestido dela — disse Cara de Defunto.

Naquela escuridão maldita senti uma mão fria imunda tocar minha coxa e levantar meu vestido.

— Não! — Ainda tentei me desvencilhar, mas eles eram fortes demais. — Sai daqui seu merda!

A mão asquerosa já estava na minha virilha e tentava alcançar a boceta. Fechei as pernas, mas outra mão as abriu novamente.

— Deita ela no chão — ordenou Satã.

Eles me forçaram contra o piso de cimento frio e mesmo eu tentando resistir não teve jeito. Duas mãos levantaram meu vestido até minha barriga e outra pegou meu seio.

— NÃÃÃOO! — gritei.

— Fica quieta, sua puta! — ordenou Satã.

Outra mão segurou meu pescoço e apertou com força. Satã agarrou minhas coxas e disse com aquela voz grave grotesca:

— Eu vou comer ela primeiro.

Senti os dedos frios e inchados dele invadirem minha vagina e me penetrarem fundo. As unhas grosseiras do desgraçado arranharam as paredes da vagina. Ainda bem que não sentia dor.

Depois de tirar os dedos imundos de dentro de mim ele os cheirou e disse:

— Cheiro bom de buceta!

Cara de Defunto e Bafo de Bosta ainda me seguravam firme me pressionando contra o chão e Satã abriu minhas pernas com força mesmo eu tentando impedi-lo, mas o pau no cu era mais forte. Ele enfiou-se entre elas me espremendo contra o chão com sua barrigona obesa.

— NÃÃO! — gritei. — FILHO DA PUTA!

Mas era em vão. Satã começou a esfregar o pinto minúsculo na minha virilha.

— É isso aí, puta — disse ele, dando uma risada maléfica em seguida. — Deixa um macho de verdade te fuder.

Na verdade, ele não estava me fodendo. O pinto imundo do tamanho do meu dedo mindinho e a barrigona gorda do infeliz o impossibilitavam de me penetrar. Ele estava apenas esfregando em mim enquanto grunhia como um porco velho.

— Ai, delícia — Satã já estava ofegando. — Toma, sua piranha.

Para aquele sapo obeso apenas esfregar em mim já era bastante cansativo.

— Aaah! Vou gozar!

Satã segurou minha coxa com uma das mãos grotescas e começou a bater uma punheta.

— Aaaaahh! — gemeu o desgraçado. — Gostosinha!

A porra nojenta dele espirrou na minha virilha enquanto o miserável arfava em êxtase.

Bafo de Bosta soltou uma gargalhada e disse:

— Tá bom, Satã. É minha vez agora.

Bafo soltou meu braço e ainda tentei me livrar daqueles arrombados, mas Satã rapidamente me conteve dizendo:

— Vai fugir não, filha da puta.

Bafo de Bosta abriu minhas pernas e começou a esfregar o pau mole na minha virilha melada do gozo do Satã.

— Toma, vagabunda — disse ele. — Tu precisa é de um homi que nem eu pra te comer. Pra tu virá muié de verdade.

E claro que o apelido Bafo de Bosta fazia referência ao hálito do filho da puta. A boca de fossa exalava um cheiro de merda, misturada com suor de sovaco, chulé e vômito.

Apesar de eu não respirar, infelizmente ainda era capaz de sentir cheiros não sei como. Então o jeito era virar o rosto para não sentir aquele fedor.

Sem falar do pau fino e mole dele que lembrava uma bexiga de aniversário murcha. O máximo que ele conseguia era uma semiereção.

— Gostosa — Ele pegou meus seios e apertou os mamilos. — Tu é minha puta.

Não demorou muito, Bafo já estava prestes a gozar também.

— Aaah! Vou gozar na cara dela. Segura ela.

O imundo parou de esfregar e agachou sobre mim. Virei o rosto quando a porra dele atingiu meu queixo e pescoço.

— Oooh! Isso aí, puta... Delícia.

O nojento ainda pegou meu rosto com a mão imunda e aproveitei para dar uma mordida em um de seus dedos com toda a força que tinha nos músculos da mandíbula.

— AAAI! SUA PUTA! — urrou o desgraçado.

Ele me deu um tapa na cara e ainda consegui empurrar ele com minhas pernas. Ouvi ele cair para traz e gritar:

— FILHA DUMA PUTA!

Cara de Defunto interveio:

— Tá bom, Bafo. Tu já terminou! É minha vez agora. Vem cá e segura ela.

— Eu podia dar uma surra nela! — falou Bafo, furioso.

— Cala boca! — ralhou Satã. — Deixa o Defunto comer ela logo!

— Mas segura ela de quatro — disse Cara de Defunto. — Quero comer o cu dela.

Satã e Bafo de Bosta tentaram me virar e eu esperneei.

— NÃO!

Mas um deles segurou meu cabelo e pressionou minha cara contra o chão com força.

— Cala a boca, vagabunda! — falou Satã.

Já de quatro, senti as mãos gélidas e asquerosas do Cara de Defunto segurarem meu quadril. O desgraçado abriu minha bunda e deu uma cuspida que atingiu meu cu e a boceta. Ele esfregou minhas pregas com o dedo e eu tranquei o toba. Não queria o pau nojento daquele filho da puta dentro de mim.

— Esse cu é meu agora — disse ele, soltando uma risadinha maníaca em seguida.

— Sai, seu nojento! — falei.

Senti o pau podre dele esfregar na minha bunda e ainda abaixei o quadril para tentar impedi-lo, mas ele me segurou firme. Não tinha escapatória.

— Fica quieta, vagabunda — ordenou Defunto. — É melhor você deixar eu comer esse rabo, senão você apanha.

A rola putrefata pressionou meu boga e invadiu meu cu violentamente.

— Eita, que cuzim apertadim gostoso!

Dos três paus no cu, o Cara de Defunto era o único que conseguia ter uma ereção decente. O problema era que o pau dele estava em decomposição. Como um pedaço de carne podre. Inclusive, há um tempo, ele tentou me obrigar a fazer um boquete e eu mordi a cabeça da rola dele com toda a força quase arrancando e fazendo ela ficar pendurada por um pedaço de pele. Mas infelizmente depois ela voltou ao normal de algum jeito.

— Ai, que rabo gostoso — disse Defunto, alegremente enquanto fodia meu cu.

Aquela porra parecia uma linguiça estragada assada há vários dias. Mas de certa forma, aquilo nem estava sendo tão ruim. Principalmente devido ao escuro e a chuva. O breu me impedia de ver a cara horrorosa daqueles três merdas e o som da chuva encobria parcialmente os grunhidos que eles produziam enquanto me fodiam. O que não era evitável era o cheiro de suor vencido daqueles três.

— Isso, meu amô — disse Cara de Defunto, com uma alegria maligna na voz. — Que bundinha gostosa.

O infeliz abriu minha bunda com as mãos e começou a bombar mais rápido no meu cu. Mas felizmente a alegria dele não durou muito. O filho da puta começou a meter com mais força e disse em voz alta:

— Aaaah! Vô enchê esse cu de gala!

O amaldiçoado soltou um berro enquanto segurava firme meu quadril e metia com força aquele pau repugnante dentro de mim. Até que ele gozou preenchendo meu reto com sua porra imunda enquanto soltava um gemido ridículo.

— Eita que eu sou viciado nesse cuzim — disse ele, antes de finalmente sair de dentro de mim.

— Gostou sua puta? — perguntou Satã.

— VÃO SE FODER! — gritei.

Satã gargalhou.

— Assim que é bom. Vai segura ela logo! Quero o cu dela também.

As mãos de Bafo e Defunto me mantiveram imobilizada com o rosto colado no chão. Senti Satã segurar firme minha cintura e esfregar a barriga imensa na minha bunda.

— Que delícia, meu amor — regozijou ele. — Bundinha gostosa.

Mas o merda com aquela pança enorme e o pinto pequeno era incapaz de alcançar meu cu. Eu optei por ficar quieta. Era melhor esperar eles terminarem o estupro coletivo. Pelo menos os três eram precoces, então rapidinho me deixariam em paz.

Senti a barriga e o saco do desgraçado esfregando em mim, mas o pau não. Devia estar tão mole e encolhido que nem roçava na minha bunda.

— Aaah! Caraaalho! — Satã urrou, segurando mais firme meu quadril e pressionando com mais força a barriga sobre mim. — Isso, meu amor! Isso!

Satã finalmente gozou mais uma vez soltando um gemido grotesco e espremendo sua pança na minha bunda. A porra dele escorreu até minha boceta e ele deu um risinho maléfico.

— Sai logo que é minha vez — disse Bafo de Bosta. — Pra eu me vingar dessa filha da puta.

Bafo largou meu braço e senti suas mãos nojentas tocarem e apertarem minha bunda. Ele deu um tapa forte no meu bumbum e disse:

— Agora tu vai aprender, vagabunda.

Desgraçado! Queria poder arrancar o pau mole dele com uma faca. Mas o jeito era deixar ele me estuprar e terminar logo com aquela merda.

Eu até poderia me materializar já que assim eles tornariam-se intangíveis para mim, mas mesmo se fizesse isso não poderia fugir deles por causa do meu limite de distância. Seria um gasto de energia perdido. O melhor mesmo era deixar os arrombados se aproveitarem de mim e esperar eles irem embora.



• • •



Felizmente o estupro coletivo tinha acabado.

Depois de ser violentada por aqueles nojentos mais uma vez, eles finalmente me largaram e foram embora gargalhando.

Antes de ir, Satã ainda disse:

— Depois a gente volta, princesa. Espera pela gente.

Eu já estava acostumada a ser abusada por aqueles três e nem ligava muito. E já que eu não sentia dor, não me incomodava tanto. O melhor de tudo é que os três tinham ejaculação precoce. Eles não levavam muito tempo para me foder e me deixar em paz.

Depois que não conseguia mais ouvir a risada deles em meio ao som da chuva, saí da escuridão do galpão e voltei para o lado do poste e sentei novamente no meio-fio enxugando as lágrimas do rosto.

Apesar de já estar habituada a ser estuprada por aqueles desgraçados, aquilo continuava sendo traumático. Me fazia sentir muito ódio. Minha vontade era de dar um murro na fuça daqueles três com toda força, arrancar o pau deles e depois queimá-los. Miseráveis! Mas aquela vingança era difícil de se realizar. Eles eram malignos e mais fortes que eu.

A chuva perdeu intensidade, mas persistiu fraca durante toda a madrugada e parou apenas quando o Sol estava prestes a nascer. O céu continuou fechado e o tempo frio. A chuva podia retornar a qualquer momento.

Já que eu estava totalmente entediada, como de costume, deixei a calçada e fui para a copa da árvore na outra esquina em frente à casa da ruiva. Meu abrigo da luz solar.

Subi nela e fiquei sentada no mesmo galho de sempre com as costas apoiadas no tronco aproveitando aquela manhã chatíssima. Uma manhã chata como todas as outras.

Em certo momento, entre os galhos e folhas da árvore, notei alguém passando pela calçada abaixo de mim e abrindo o portão da casa ao lado.

Inclinei meu corpo para frente e vi que era a puta ruiva levando uma sacola branca. Me inclinei mais no galho tentando vê-la melhor por cima do muro, mas só vi a água de salsicha abrindo a porta da casa, entrando e fechando-a em seguida.

Eu, movida por uma curiosidade repentina, senti-me compelida a espiar o que a ruiva estava fazendo naquela casa e, após relutar um pouquinho, foi o que fiz. Apesar de não gostar daquela praga, não consegui me aguentar.

Como o céu estava bastante nublado, não havia perigo da minha pele queimar com o contato da luz do Sol, então pulei do galho e atravessei o portão do muro correndo.

Quando entrei na pequena casa passei pela sala, fui até a cozinha procurando a ruiva, depois subi as escadas até o corredor, atravessei uma porta e cheguei a um quarto que reconheci de imediato. Foi ali que reencontrei o Ricardo cinco meses após nossa primeira foda.

O quarto continuava do mesmo jeito. A cama com o lençol vermelho bagunçado, um guarda-roupa e os pôsteres de bandas de rock nas paredes. Olhei pela janela e vi a árvore onde eu estava e relembrei o dia que abordei o Ricardo naquele lugar.

Atravessei a parede lateral do quarto e cheguei ao banheiro onde estava a ruiva fedorenta mijando na privada com o short e a calcinha na canela.

Ela estava com um celular de capinha rosa e parecia triste enquanto mexia nele, com um semblante abatido e o olhar perdido.

Depois de terminar o xixi, ela limpou-se, vestiu a calcinha e o short e foi aí que vi os pentelhos laranja dela. A ruiva lavou as mãos na pia e saiu do banheiro.

A segui até a cozinha onde ela abriu a geladeira e pegou um pote de Nutella. Da sacola que ela trazia e deixou sobre a mesa, pegou um pão, passou o creme de avelã nele com uma colher e comeu com uma caneca de café.

A observei comendo até ela terminar, deixar a caneca na pia, sentar de volta à mesa e começar a mexer no celular.

Ela ficou lá por alguns minutos vendo fotos e vídeos aleatórios no Instagram que particularmente não me despertaram nenhum interesse.

Em determinado momento me perguntei há quanto tempo a ruiva morava naquela casa. Não lembrava de tê-la visto antes mesmo ficando praticamente todos os dias na árvore em frente a ela.

Mas vendo que não havia nada de interessante por ali, achei melhor voltar para meu abrigo do Sol. E além do mais, não gostava de ficar na companhia daquela ruiva já que ela fazia-me lembrar o Ricardo e o pior, que eles estavam juntos antes dele morrer.

Mas antes que pudesse dar o primeiro passo para sair da casa, alguém bateu na porta da frente e a ruiva guardou o smartphone e foi atender.

A segui até a sala e quando ela abriu a porta entraram duas garotas.

— Oi, amiga — disse uma delas, abraçando a ruiva.

Uma tinha o cabelo preto cacheado e a outra era loira. A garota do cabelo cacheado devia ter a mesma idade da ruiva. Eu chutaria uns quinze ou dezesseis anos. Ela era linda, mais baixa e um pouco mais cheinha que a outra. Estava de short e blusa branca. Já a loira parecia ser mais velha. Talvez dezoito ou mais. Também era bonita, um pouco mais alta, magra, cabelo médio e com belos olhos verdes. Também estava de short e com uma blusa de alcinha rosa.

— Vocês querem comer alguma coisa? — perguntou a ruiva.

— Não, acabei de tomar café.

— Eu também.

As três sentaram no sofá maior da sala e a partir daí começou uma conversa comum de amigas. Eu só sentei no outro sofá e fiquei ouvindo o papo. Uma falou do carro do pai que quebrou, a outra falou da mãe que estava com depressão e havia piorado depois que a irmã dela se mudou para outra cidade, a ruiva falou do preço de um peixe que ela comprou, depois a loira falou de uma festa que aconteceria na cidade no Natal, mostrou no celular as fotos de uma prima. Bem, era uma conversa chata. Até que em certo momento as três calaram-se e ficaram olhando para o nada como se não tivessem mais o que dizer. As três pegaram seus celulares e voltaram a atenção apenas para eles.

Foi aí que decidi ir embora. Não havia nada de útil para ouvir ali. Mas quando me levantei do sofá ouvi a garota do cabelo cacheado falar:

— Gente..., eu sonhei com a Clarissa ontem.

Me voltei para elas e a ruiva e a loira olharam para a garota como se ela tivesse acabado de falar uma coisa muito séria.

A loira perguntou:

— Mas foi sonho bom ou sonho ruim?

A de cabelo cacheado apertou os lábios como se estivesse emocionada.

— Sonho bom... Ela aparecia lá em casa e... falava comigo. Eu não lembro direito o que ela falou, mas depois a gente saía de casa e ia na praça do coreto... Aí vocês tavam lá esperando a gente.

Eu não fazia ideia de quem era aquela tal Clarissa, mas o fato da menina de cabelo cacheado ficar nitidamente emocionada ao citar o nome dela me fez sentir um clima de tristeza entre as garotas. Pensei imediatamente que a Clarissa havia morrido. Seria uma amiga delas?

A garota de cabelo cacheado enxugou uma lágrima que saía do olho marejado antes de dizer:

— Eu vi o Daniel esses dias... A gente conversou — Ela enxugou os olhos novamente. — Ele disse... que tá... mal ainda.

A loira comentou:

— Acho que é melhor não ficar falando disso... Só vai deixar a gente triste.

Mais silêncio entre as três. Até que a ruiva falou:

— Primeiro a Clarissa morreu... e depois o Ricardo... Eu tô com muito azar.

Ela também enxugou os olhos e tentou conter o choro.

— Beatriz, para com isso — falou a loira. — Não fica pensando em coisas negativas. Quanto mais a gente falar dessas coisas ruins pior vai ser.

— E como a gente não vai falar? — indagou a menina de cabelo cacheado, parecendo estar brava com o que a loira disse. — Você quer que a gente esqueça ela por acaso?

— Não é isso. É que eu já falei um monte de vezes. Lembrar dela desse jeito só vai deixar a gente mais triste ainda.

— É que não dá pra lembrar de outro jeito — disse a ruiva.

A loira ficou quieta por alguns segundos e respondeu apenas:

— Sei lá... Eu também lembro dela... Mas eu penso só nas coisas boas.

A garota do cabelo cacheado foi consolada pelo ombro amigo da ruiva e as três ficaram em silêncio por mais um tempo até que a loira olhou seu celular e falou:

— Agora eu tenho que ir. Eu vou passar na farmácia antes de ir pra casa. Você vai comigo?

A de cabelo cacheado negou balançando a cabeça.

— Eu vou ficar aqui mais um pouco.

— Tá... Então eu vou indo... Tchau. A gente se vê depois.

A loira mandou um beijinho para as amigas e saiu pela porta.

A garota de cabelo cacheado foi abraçada carinhosamente pela ruiva e vendo aquilo, não consegui deixar de sentir pena das meninas. Principalmente da Ruiva. Apesar de ter pego meu macho, ela estava passando por um momento de perda. Além do Ricardo ainda tinha a tal Clarissa que devia ser amiga das três. Não pude evitar de sentir empatia por ela.

Mas foi aí que aconteceu algo inesperado. Primeiro as duas entreolharam-se fixamente com os rostos bem perto uma da outra até que elas beijaram-se. Só que não foi um simples beijinho, foi um beijaço de língua bem demorado.

"Mas olha só. Que safada", pensei.

Será que ela é como eu? Gosta de homem e de vez em quando curte uma brincadeira lésbica? Ou talvez fosse bissexual.

A garota de cabelo cacheado interrompeu o beijo e disse sorrindo:

— Te amo.

— Também te amo — falou a ruiva.

As duas ainda deram um outro beijo e saíram de mãos dadas em direção à cozinha. Eu, pensando que elas continuariam a se pegar, as segui, mas elas não esquentaram o clima. Apenas sentaram à mesa da cozinha e ficaram mexendo nos celulares.

Que pena. Achei que poderia me alimentar da energia sexual das duas.




Continua no próximo capítulo...











NOTA DO AUTOR: Você não vai entender a história começando por aqui. Leia a série da Samara do início acessando minha coleção “Samara, a fantasminha”. Vá no meu perfil, clique em "Ver coleções de EscritorAnônimo" e procure a coleção por lá.

Espero que tenha gostado do capítulo, escrevi com muito carinho. Comente o que achou. Todas as críticas são bem-vindas.

Obrigado por ler minha história e até o próximo texto.

*Publicado por EscritorAnônimo no site climaxcontoseroticos.com em 27/10/24. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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